O Cliente António é solteiro, não tem filhos e é programador informático. Tem facilidade de trabalhar de forma remota em qualquer parte e surgiu-lhe a oportunidade de investir num negócio de turismo rural no Alentejo.
Para aproveitar esta oportunidade o António precisava de 20 000 € de liquidez e queria trocar o seu automóvel por outro. No entanto, ele já tinha diversos créditos contraídos (incluindo o do automóvel) que pagava com um rendimento mensal de 3 600 €.
SITUAÇÃO QUANDO CONTACTOU A DONA POUPANÇA:
TIPO DE CRÉDITO | Montante em dívida | Prestação Mensal |
---|---|---|
Crédito Habitação | 160 000 € | 500 € |
Crédito Automóvel | 26 000 € | 440 € |
Crédito Pessoal | 13 150 € | 257 € |
Crédito Pessoal | 7 350 € | 130 € |
Cartão de Crédito A | 4 900 € | 200 € |
Cartão de Crédito B | 1 500 € | 75 € |
Total SEM habitação | 52 900 € | 1 102 € |
Total COM habitação | 212 900 € | 1 602 € |
SOLUÇÃO PROPOSTA:
As sugestões propostas ao António foram:
- Consolidar todos os seus créditos, à exceção do Crédito Habitação pois este já se encontrava com as melhores condições de pagamento.
- Incluir os 20.000€, para a sua oportunidade de investimento, na consolidação dos créditos. Desta forma fica apenas com um crédito.
CONCLUSÃO:
TIPO DE CRÉDITO | Montante em dívida | Prestação Mensal |
---|---|---|
Crédito Habitação | 160 000 € | 500 € |
Crédito Consolidado | 72 900 € | 1 242 € |
Total | 232 900 € | 1 742 € |
Apesar de ficar a pagar mais 140€ do que pagava antes, não só melhorou o perfil financeiro porque ficou apenas com o Crédito Habitação e consolidado, como ficou com mais 20.000€ por apenas 140€ (se pedisse um crédito pessoal de 20.000€ ficaria com uma prestação a rondar os 330€.
Esta reorganização financeira permitiu-lhe ter uma melhor gestão mensal e possibilidade de realizar o seu projeto de investimento.
BÓNUS: E O QUE ACONTECEU AO AUTOMÓVEL?
Quando compramos um automóvel através de crédito o seu proprietário é a entidade de crédito e não quem comprou o carro. Através de créditos É FREQUENTE a entidade credora ficar com a reserva de propriedade do automóvel. Ou seja, o carro fica em nome da entidade credora até que o crédito seja liquidado.
Ao consolidar o crédito deixa de haver distinção entre Cartões de Crédito, Crédito Automóvel e Crédito Pessoal.
E isto significa que o automóvel passou ao estado de liquidado e, por isso, ficou sem reserva de propriedade por parte da entidade credora. Por outras palavras, o dono do automóvel passou a ser o António e não a entidade credora.
O que resulta na possibilidade de o poder vender e usar o dinheiro para o que preferir. Neste caso, o António preferiu usá-lo para comprar outro automóvel.