Como resistir a uma crise?

Resistir a uma crise não é fácil para ninguém, mas se tiveres um bom planeamento, constróis uma forte resiliência financeira que te vai permitir enfrentar a onda que se chama crise económica.

Resistir a uma crise é mais fácil do que parece. Aprende comigo.
Resistir a uma crise é mais fácil do que parece. Aprende comigo.

Os passos para resistir a uma crise:

1. Enfrentar a dívida

Quando a crise chega a primeira coisa a fazer é assegurar que consegues pagar a tua dívida. Nunca deves criar uma nova dívida para pagar a anterior.

Agarra no teu orçamento e começa a reajustá-lo para conseguires pagar todos os meses e/ou começar a procurar soluções, como a renegociação da dívida.

Se deixares de pagar a tua dívida, esta aumenta de maneira a que chegues ao incumprimento e, nesta situação, nenhum banco estará disponível para renegociar a dívida.

As famílias com baixos rendimentos são as que sofrem mais e que têm mais dificuldade em resistir a uma crise.

O ordenado mínimo e as despesas do dia-a-dia são praticamente insuportáveis.

  • Taxa de esforço

Uma maneira fácil de analisar como está a tua situação é calcular a tua taxa de esforço.

[Total de prestações financeiras / Rendimento mensal líquido] x 100 = Valor da Taxa de Esforço em percentagem.

Exemplo:

O João recebe 900€ líquidos e está a pagar a prestação do crédito habitação que é de 299€.

Ao calcularmos a taxa de esforço do João percebemos que está com 33% e que não pode contrair mais dívidas. Poderia ficar numa situação complicada. Desta forma, o João deve estar focado em pagar a sua dívida, poupar durante todo o mês e evitar compras supérfluas.

Conselho: Se tiveres que renegociar a dívida tenta que o(s) montante(s) seja(m) mais acessível/acessíveis. Não te deixes endividar ainda mais. Procura falar e aconselhar-te com um profissional experiente.

2. Enfrentar a subida dos preços

Durante uma crise, o mais difícil será enfrentar a subida dos preços, porque todas as compras têm de ser controladas até aos cêntimos. Infelizmente, nem sempre é fácil.

  • Supermercado

É preciso optar nas compras do supermercado pelos produtos mais baratos e prescindir de outros que eram os nossos favoritos. A lista continua a ser fundamental para ir às compras.

Comprar o essencial, não comprar o que se já se tem em casa, na despensa ou no frigorífico. Ser criativo a cozinhar.

  • Combustíveis

Procurar descontos e utilizar apps que trazem mais benefícios, e a isto, aplica-se, também, ao combustível. Caso seja possível, o melhor será utilizar transportes ou caminhar. No entanto, esta opção é muito difícil ou impossível para quem está longe do trabalho.

Muitos empregadores, dada a situação económica, facilitam o teletrabalho. Por outro lado, ainda são muitas as pessoas que não têm condições ou profissões que não têm esta vertente.

  • Serviços

E quando o assunto são os serviços de televisão e internet, gás, água ou luz, a solução é renegociar, pedir orçamentos a serviços concorrentes para fazer face e resistir à crise sem perder o nosso estilo de vida.

Conselho: Uma grande fatia do orçamento familiar é gasto nas compras. Em tempos de crise é preciso adaptação, por isso o grande foco das compras deve ser o mais necessário.

Mais para a frente e se for possível (rever primeiro o orçamento familiar) podem ser feitas compras mais supérfluas como doces, bolos, entre outros, que nos aquecem e dão conforto.

3. Enfrentar a crise com segurança

  • Fundo de emergência

O fundo de emergência não serve só para imprevistos, ajuda-te a resistir à crise caso seja necessário e numa situação de emergência.

Serve se tiveres que amortizar a dívida da tua casa/pagar na totalidade para não contrair mais dívidas ou entrares em incumprimento.

Lembra-te que assim que o dinheiro for gasto tem de ser reposto, lentamente, mas tens de conseguir atingir entre 3 a 6 meses do teu salário líquido.

Quem conseguir deve ter um outro fundo de emergência com 12 meses de salário líquido. Podemos ver estes dois fundos para resolver imprevistos a curto e a longo prazo.

  • Seguros

Mas são os seguros que asseguram que tens acesso à saúde e em caso de acidente/invalidez o seguro de vida garante que tens uma vida digna.

Conselho: Se tiveres um “mau” mês, se continuares a contribuir com quantias pequenas de dinheiro para o teu fundo de emergência e poupanças estás a assegurar o teu futuro.

4. Enfrentar a crise com uma poupança

Para que estejas preparado para enfrentar uma crise é importante fazer um orçamento mensal, pois só assim vais saber quais são as tuas despesas fixas e variáveis.

Esta informação vai permitir-te criar uma poupança. Podes colocar todos os meses no teu orçamento, por exemplo, quanto poupaste. Desta forma, no início de cada mês, pões logo de parte esse dinheiro. Esta técnica de poupança denomina-se “paga a ti primeiro”.

O que faz todo o sentido, visto que não vives só para pagar aos outros (serviços, despesas como gás, água e luz e/ou dívidas). Se chegares ao final do mês sem poupar é porque vives de salário em salário. Aprende como sair da corrida dos ratos.

Pouco a pouco vais fortalecendo e engordando as tuas poupanças. Com esta poupança estás preparado para uma eventualidade inesperada.

Podes também definir objetivos para poupar mais, utilizar as poupanças para investir e multiplicar o teu dinheiro e/ou investir em conhecimento.

Conselho: Ter objetivos a curto e a longo prazo para o nosso dinheiro dá-nos mais ânimo para poupar.

5. Enfrentar a crise com juros compostos

Sabias que ao investires garantes mais uma fonte de rendimentos? Claro que deves de ter em atenção nos produtos que investes (ações, fundos de investimento, etc), mas estes vão dar-te retornos.

Os PPR e os fundos de investimentos são, atualmente, os melhores produtos financeiros para acumular juros compostos porque investes a longo-prazo.

Conselho: Procura os produtos financeiros fora do banco, a maioria dos bancos, neste momento, têm taxas demasiado baixas que não te trarão lucro.

Durante uma crise, resistimos com organização seja do nosso dinheiro, seja na nossa casa, ao analisar e adaptar o nosso estilo de vida “aos novos tempos” e com muita comparação de preços e orçamentos.

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