As preocupações financeiras são algo absolutamente normal, mas que podem agravar quando surgem imprevistos nas nossas vidas como doenças, acidentes ou o agravamento das crises económicas.
A pandemia COVID-19 trouxe a muitas famílias preocupações financeiras. Tiveram de lidar com o desemprego, o lay-off das empresas, as contas por pagar, as poupanças a baixar e, depois, de tudo isto, a chegada de uma nova crise económica.
Mesmo que tenhas uma boa saúde financeira é normal que fiques ansioso. Não sabemos como vai correr o ano, quando o conflito entre a Rússia e a Ucrânia vai terminar e se a crise energética vai agravar.
São muitos problemas para lidarmos ao mesmo tempo com as nossas dificuldades. Existem quatro sinais que mostram que vives com insegurança e tudo se deve à tua vida financeira, descobre quais são.
As tuas preocupações financeiras
As preocupações financeiras dependem muito das tuas circunstâncias e, deves saber que tal como tu, muitas pessoas passam pelo mesmo.
Se te sentes cansado, ansioso, stressado, zangado ou envergonhado é porque está na hora de mudar.
1. Estar preso a um emprego que não gostas
Existem muitas razões porque estamos num emprego de que não gostamos, a primeira, sem dúvida, será para pagar as contas.
Sem aquele emprego não temos como nos sustentar. A segunda opção, provavelmente, será porque temos medo de mudar e falhar. Podemos receber menos, sermos despedidos e as condições de trabalho não serem as melhores.
Todos estes fatores começam e terminam em dinheiro. Vivemos com e para o nosso salário. Estamos presos na corrida dos ratos.
E, no entanto, se pensarmos bem não nos temos dedicado a 100% a gerir as nossas finanças pessoais. Não estarias preso a algo que não gostas se tivesses:
- Rendimento extra;
- Fundo de emergência;
- Poupança;
- Investimentos.
Estes são quatro pilares importantíssimos para que tenhas saúde financeira, mas que consigas alcançar uma coisa mais relevante para a tua vida: a independência financeira.
Se tivesses independência financeira não estarias preso a algo que não gostas, estarias a viver as tuas paixões.
Conselho: Dedicação às tuas finanças.
2. Contas para pagar
Terminamos o ano de 2022 a saber que muitas famílias não estavam a conseguir pagar a prestação do crédito habitação. Isto mostra que as famílias foram apanhadas desprevenidas na crise económica.
O Eco noticiou, em Dezembro de 2022, que “As famílias portuguesas poupam apenas 9,8% dos seus rendimentos.” o que prova que os portugueses além de não terem literacia financeira, não poupam.
Não vivas acima das tuas posses. Se não tiveres dinheiro para assegurar pelo menos metade da dívida, não deves avançar com a compra.
É preciso que tenhas sempre em atenção:
- Às saídas. Quando temos dívidas parece inofensivo ir ao café, mas se somarmos por mês é bastante o dinheiro que te está a sair do bolso e este, talvez, te faça mais falta para as compras essenciais.
- Nunca percas de vista as tuas dívidas. Controla as tuas dívidas. Anota tudo. Quando começou, quanto te falta pagar, o que conseguiste amortizar e quando podes voltar a fazê-lo.
- Os teus hábitos. O que te leva a gastar dinheiro? Tens algum hábito que desperta essa vontade? Ver um site de uma determinada loja, anúncios e publicidade?
- Compras por impulso. Resiste às promoções e no supermercado, aos doces e chocolates enquanto esperas para pagar.
- Não te recrimines. Esta é a pior atitude a ter quando sentimos que estamos a falhar. Começa primeiro por analisar a tua situação e procura soluções. É, assim, que controlas a tua vida e afastas-te da preocupação financeira.
Conselho: Redobrar a atenção ao orçamento familiar.
3. Inveja dos amigos/familiares
Levante primeiro a mão aquele que nunca invejou o novo carro do primo ou as férias dos amigos?
Imagina os sacrifícios que fizeram para obter o carro ou as férias. E, se, também queres ter as tuas férias de sonho ou o carro novo, não te adianta ficar com inveja. Nem pensares que o teu problema é a falta de dinheiro. Porque não é.
Tudo é possível:
- Planeia;
- Define objetivos;
- Procura soluções para poupares mais por mês;
- Coloca o teu plano em ação;
- Analisa o teu progresso. Estabelece metas;
- Cumpre o teu plano.
Conselho: A vida que tens é perfeita. Agradece pelo que tens todos os dias.
4. Sacrificar o dia de hoje pelo amanhã
Quando estamos numa situação complicada sacrificamos o presente pelo futuro. Criamos dívidas, abusamos do cartão de crédito, gastamos a poupança e não pensamos nas consequências.
Só te restará viver em constante stress. Aponta num caderno:
- Quais são os teus principais problemas financeiros?
Agora que sabes quais são, tens de ser mais estratégico. Não podes sacrificar o teu futuro.
Já te questionaste:
- Como vai ser a minha vida quando estiver reformado?
- O que posso fazer pelos meus filhos?
- Como posso melhorar a minha vida?
Nunca te ponhas de lado por bens materiais que pouco te vão acrescentar, a não ser afirmar um status para os outros.
Conselho: Procura a ajuda de um consultor financeiro. Se tens um médico de família, porque não tens alguém que trate da tua saúde financeira.