Quando chega, infelizmente, a altura de colocar os pais no lar, muitos ficam surpreendidos com as despesas com um lar de idosos, especialmente, se ambos tiverem de ser internados. Ninguém antecipa a velhice e muito menos a doença que nos deixa dependentes.

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Despesas com um lar de idosos
Todos os filhos querem cuidar dos pais com o mesmo amor com que estes cuidaram quando estavam a crescer. Participar ativamente nas suas vidas e vê-los felizes é o que mais desejam, mas quando chega a altura de procurar um lar as despesas são inimagináveis.
E se ambos os pais ainda estiverem vivos, torna-se mais complicado, pois, os pais não têm o rendimento necessário para pagar e, também não se prepararam financeiramente para esta despesa.
Ninguém se lembra da velhice
O valor pedido pelo lar depende de muitos fatores.
Em primeiro lugar é preciso analisar qual o estado do idoso (grau de dependência) e de que serviços vai necessitar.
Estamos a falar de:
- Alojamento (tipologia de quarto);
- Alimentação;
- Cuidados de higiene pessoal;
- Vigilância 24h;
- Serviços médicos;
- Enfermagem;
- Atividades diárias;
- Animação/ocupação de tempos livres.
Depois, a estes, acresce custos, como:
- Material de incontinência (resguardos e fraldas);
- Cremes;
- Medicamentos;
- Deslocações e acompanhamento ao exterior do lar;
- Serviços de fisioterapia personalizados;
- Serviços de estética.
O preço da velhice
Muitos lares pedem o pagamento de um valor, como inscrição ou jóia, para garantir o acesso ao lar, isto acontece, nomeadamente, em lares privados. Este é um dinheiro que nunca vai ser devolvido, assim, como na celebração do contrato, podem pedir uma caução.
A caução é a garantia do pagamento por eventuais danos causados ao mobiliário ou às instalações. Esta pode ser reembolsada no final, caso não tenha havido prejuízos.
Em março de 2012 a revista Proteste fez um estudo destinado a familiares de utentes de lares que acompanharam o processo de institucionalização, e que “indicou que um em quatro idosos precisa de mais de 500 euros por mês para completar o valor da fatura”.
Um estudo mais recente, realizado pela Via Senior, identificou que “a mensalidade média nacional cobrada pelos lares ronda os 1.500 euros, um aumento significativo em relação ao ano anterior”.
Este valor vai depender de vários fatores e pode aumentar, como baixar, dependendo do idoso e do que precisa, como foi referido acima.

Como preparar a chegada da velhice
Se antes não se falava na reforma, agora é urgente falar na preparação financeira para a velhice. O lar é um espaço que proporciona os cuidados necessários e tem as condições para melhorar a condição física e mental do idoso através do convívio e da integração social.
Como a despesa é astronómica, a preparação é importantíssima.
Dicas para enfrentar as despesas com um lar
1. Planear com antecedência
Não ignores a velhice. Os teus pais vão precisar de ajuda e mais tarde, também estarás na mesma situação.
Por isso, é essencial ao longo da vida reforçar o fundo de emergência, as poupanças e os investimentos. É daqui que poderás dar todo o teu suporte e ajuda. Sem nunca te esqueceres, também, das tuas necessidades.
2. Controlar as despesas
Imagina que os teus pais já estão no lar. Então é muito importante controlares as tuas despesas para não excederes o teu salário, porque este não estica e, vais querer, ter sempre um restante para poupar e investir.
E como as despesas com um lar podem oscilar por mês é importante ter uma atenção redobrada com o teu orçamento familiar.
3. Arrendar o imóvel
Quando os teus pais já não poderem cuidar da sua casa, como limpezas de primavera, manutenção, pinturas ou limpeza de terreno, passas a ter esta responsabilidade. Ao salvaguardar a propriedade enquanto ambos ainda podem lá viver com o apoio domiciliário, passa a ser um trunfo para mais tarde.
A casa poderá ser vendida para ter orçamento suficiente para o lar, mas outra opção passa pelo arrendamento. Parte da renda deve ser sempre colocada de parte para futuras manutenções, mas a restante pode ser para as ajudas com as despesas do lar.
Para tomares esta decisão, considera a seguinte informação da alzheimer association:
- Estágios leve a moderado de Alzheimer – indivíduos geralmente vivem de 2 a 10 anos
- Estágio grave de Alzheimer – indivíduos podem viver de 1 a 5 anos
Uma pessoa, dependendo da sua saúde, com acompanhamento médico, pode viver muitos anos. O valor da venda da casa poderá só durar para 3 anos. É preciso ter em atenção várias variáveis.
4. Impedir que os pais façam novas dívidas
Com a saúde a enfraquecer, muitos idosos são facilmente ludibriados a gastarem dinheiro em cuidados e serviços.
São mais fáceis de convencer a comprarem aparelhos auditivos, aparelhos de ginástica para casa, produtos ortopédicos ou cuidados oculares. As razões podem ser muitas, mas o idoso toma a decisão e contrai uma dívida.
Sem antecipar necessidades futuras como medicamentos, idas a consultas ou exames podem ficar sem dinheiro rapidamente e, só conseguirem o mínimo de sobrevivência, assim, com uma dívida que ultrapassa os seus dias saudáveis.
Quando ficarem dependentes não têm poupanças suficientes para cuidarem de si. Os filhos têm de estar atentos e ajudarem a tomar decisões financeiras que não os afetem negativamente ou à família.

Conclusão
Estudar é mais fácil, mas as despesas com um lar de idosos apanha familiares desprevenidos, principalmente de forem financeiramente instáveis. A preparação financeira é urgente porque irá afetar a família inteira. Se um casal tiver filhos, os irmãos podem repartir as despesas e descontar em IRS.
Entre o lar público ou o privado, o idoso, dependendo da sua saúde, trará sempre uma grande despesa. É preciso preparação. Poupança, investimentos e boas decisões financeiras.
Boa noite, no caso da pessoa idosa ter dinheiro numa conta bancária, que só está em seu nome, como se pode aceder a este dinheiro para pagar o lar de idosos. E fazer fase as despesas que sejam necessários para os seis cuidados.
Alguns idosos vão para o lar por iniciativa própria e colocam o pagamento por débito direto, mas é importante, se tiver filhos ou outro membro da família como titular para ajudar na gestão.