Existem diversos obstáculos que nos impedem de prosperar. As emoções afetam as nossas ações e têm um papel importante no nosso crescimento financeiro. Se souberes o que te está a impedir de progredir, podes adotar métodos e hábitos que vão ajudar-te a chegar onde quiseres.
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Para onde queres ir? E como lá vais chegar?
Todos temos sonhos. Desejos que queremos ver realizados, mas que por algum motivo parecem ser só isso. Sonhos esses não concretizados, escondidos nos pensamentos e que acabam por se tornar algo irreal e/ou irracional.
Motivação: como chegar ao sonho e torná-lo real?
Com toda a informação que temos disponível através da internet, de livros, podcasts e vídeos com especialistas é fácil compreender que no fundo tudo é possível.
Inspira-te nestas pessoas
Napoleon Hill, escritor do livro “Pense e fique rico”, explora os princípios do sucesso e como realizar os nossos sonhos através de algo muito simples. Estabelecer metas claras e ter pensamento positivo.
Com uma obra de ficção, Paulo Coelho, escritor do livro “Alquimista”, inspirou todas as pessoas que o leram com a história de um jovem pastor que parte da sua terra natal à procura de um tesouro. A obra aborda temas como coragem, destino e a importância de seguir os nossos sonhos.
Lisa Nichols é uma palestrante motivacional que partilha as suas próprias experiências de superação e fornece estratégias para ultrapassar obstáculos e realizar sonhos.
Tony Robbins, palestrante motivacional e autor, partilha estratégias para alcançar o sucesso e realizar sonhos. Enfatiza a importância de ter objetivos financeiros, do desenvolvimento pessoal e do poder da ação decisiva.
Les Brown, palestrante motivacional, aborda temas como a superação de obstáculos e como perseguir os sonhos com paixão e determinação.
Ações para alcançar os teus sonhos
1. Definir objetivos
Quando sabes o que queres ou para onde queres ir a primeira coisa que deves fazer é apontar num papel o sonho que queres tornar realidade.
Ter uma visão clara do que desejas alcançar ajuda-te a concretizá-lo. Por exemplo, queres uma casa, alcançar a liberdade financeira ou viajar. Seja qual for o teu objetivo o primeiro passo é sem dúvida identificá-lo.
Sabe mais sobre objetivos financeiros, aqui.
2. Estratégia
As emoções afetam as nossas ações, principalmente quando começamos a ter um plano. Muitas pessoas desistem, mas se tiveres uma estratégia, isso não vai acontecer.
Desenvolve um plano detalhado com passos específicos que te levarão mais perto do teu sonho. Divide o processo em etapas alcançáveis e estabelece prazos realistas para cada uma delas.
Lembra-te que teres um plano estruturado ajudará a que mantenhas o foco e a direção.
3. Investe em ti
Durante o teu plano, não deixes de aprender. Quanto mais leres, estudares e ouvires, mais saberás. Irás tornar-te a tua melhor versão e com o conhecimento podes aperfeiçoar a tua estratégia ou até mudar.
4. Fala com um especialista
Dizem sempre para falarmos com o nosso melhor amigo, mas os amigos são para nos apoiarem. Pouco saberão do que pretendemos alcançar. É com um especialista que te deves aconselhar porque já tem experiência e conhecimento na área.
Além de te orientar, pode criar contigo um planeamento ou aperfeiçoar aquele que já tens.
5. Hábitos
As pessoas que são conhecidas pelo seu sucesso têm hábitos que as ajudam a manter-se focadas e determinadas. É fácil quando apegamo-nos à rotina ou cedemos à preguiça, principalmente quando os primeiros obstáculos surgem.
Os hábitos fortalecem o nosso corpo e mente.
Lista de hábitos para melhorar o teu dia-a-dia
- Ter uma lista de tarefas diárias;
- Começar o dia com uma atividade física ou meditação;
- Estar grato pelo dia de ontem e tornar o amanhã melhor;
- Ler regularmente;
- Planear o dia;
- Tirar um tempo para aprender algo novo;
- Construir amizades e relacionamentos saudáveis e enriquecedores;
- Cuidar da autoestima;
- Saber fazer pausas e descansar;
- Sorrir e dormir bem.
Como as emoções afetam as nossas ações
Quando construímos um mindset forte para enfrentar todos os obstáculos, as emoções negativas já não nos afetam ou aprisionam.
As emoções negativas como o medo, a dúvida ou a ansiedade são más para a saúde. Afetam a auto-estima, a saúde mental, os relacionamentos ou o desempenho no trabalho. Muitas vezes impedem-nos de tomar decisões importantes.
As emoções podem afetar a realização de um sonho.
Conhece as emoções que nos impedem de realizar os nossos sonhos
1. Ansiedade
A ansiedade surge quando não sabemos o que vai acontecer. O desconhecido causa incerteza, stress e preocupação excessiva.
É normal que num estado de ansiedade tenhamos mais pensamentos negativos, tentando imaginar situações que ainda não ocorreram. A ansiedade pode não significar um acontecimento difícil, mas uma antecipação.
Mudar de casa, por exemplo, uma festa de aniversário ou uma entrevista de emprego pode desencadear esta emoção.
Sair da zona de conforto é um desafio para qualquer pessoa que sofra de ansiedade, faz com que não fazer ou não ir seja mais fácil. Evitar pode tornar-se um problema no futuro.
Ansiedade e dinheiro
Quando se está na corrida dos ratos, a viver de salário em salário, pode ser uma fonte de stress e ansiedade. Sintomas que surgem com a preocupação em pagar contas, dívidas, despesas diárias e/ou tentar manter o estilo de vida.
Sem organização da gestão das finanças pessoais pode, também, originar o medo da escassez financeira e levar à insegurança financeira. Ter receio de ficar sem dinheiro no final do mês.
Outras pessoas, para lidarem com os seus sentimentos, leva-as a fazerem compras impulsivas ou a tomar decisões irracionais.
2. Medo
O medo é das emoções que mais afetam as nossas ações, principalmente quando somos investidores. Vender com receio de perder, sem primeiro analisar toda a situação, pode ser um erro.
Evitamos riscos por medo e, assim, impedimos o nosso crescimento. Tornamo-nos mais conservadores, apesar de que pode ser uma forma positiva de gerir as finanças pessoais desde que se tenha em atenção o longo prazo.
O que nunca deve ser permitido é que o medo controle as nossas ações. As decisões financeiras devem ser sempre tomadas com base em conhecimento.
O medo e as finanças
Existem vários estudos que analisam a influência que o medo tem nas finanças pessoais, nomeadamente o investimento.
“Investor Sentiment and Stock Market Returns” (2002) de Malcolm Baker e Jeffrey Wurgler
Baker e Wurgler analisaram como o sentimento dos investidores, incluindo o medo, afeta as suas decisões no mercado de ações. Os pesquisadores descobriram que os investidores tendem a vender ações com base em emoções negativas, o que pode resultar em retornos mais baixos para o mercado de ações.
“The Psychology of Fear in Financial Markets: Evidence from Investor Sentiment” (2015) de Robert Bianchi e Michael Drew
Os pesquisadores analisaram como o medo afeta o sentimento do investidor e os preços dos ativos financeiros. Encontraram uma relação significativa entre o medo e o sentimento do investidor, que por sua vez afeta os preços dos ativos.
“Fear, Greed and Financial Crises: A Cognitive Neurosciences Perspective” (2016) de Jan Schnellenbach e Christian Schubert
O medo e a ganância afetam o comportamento dos investidores durante crises financeiras. Os pesquisadores examinaram a influência dessas emoções no contexto da neurociência cognitiva e destacaram como estas emoções podem levar a decisões financeiras irracionais durante períodos de crise.
“Fear, Financial Literacy, and Stock Market Participation” (2017) de Calvet, Campbell e Sodini
Neste estudo, os pesquisadores investigaram a relação entre o medo, a literacia financeira e a participação no mercado de ações. Encontraram evidências de que o medo afeta negativamente a participação no mercado de ações, e que a literacia financeira pode ajudar a mitigar os efeitos negativos do medo.
“The Influence of Fear on Personal Financial Risk Perception and Decision Making” (2010) de Fernandes, Lynch e Netemeyer
Os pesquisadores descobriram que o medo leva as pessoas a perceberem o risco como mais elevado, o que pode resultar em uma aversão maior a assumir riscos financeiros.
3. Dúvida
Quando se tem dúvidas é preciso procurar respostas. Perguntar a opinião de amigos, familiares e/ou especialistas é essencial para encontrar as respostas que nos levarão a uma decisão.
A dúvida leva à incerteza que pode resultar em procrastinação e à perda de oportunidades. Mas é importante realçar que todos cometemos erros e as dúvidas não são mais do que a procura de uma resposta perfeita. E esta não existe.
Por isso, é importante ter prioridades e objetivos financeiros para eliminar a incerteza.
4. Negligência
A negligência surge no momento em que desistimos de resolver problemas financeiros, tomar decisões, procurar respostas e/ou começamos a ter pensamentos negativos. De que não somos capazes ou não sabemos fazer.
Depois a culpa recai na:
- Falta de tempo;
- Aversão que diz ter à gestão das finanças pessoais;
- Falta de poupança e/ou de um orçamento;
- Dificuldade em criar objetivos financeiros ou definir prioridades.
5. Acomodação
Nas finanças pessoais não deve existir acomodação, até porque, podemos sempre melhorar, aprender e experimentar produtos e serviços.
Nunca nos devemos contentar com a nossa situação seja ela qual for. Estarmos satisfeitos, significa que atingimos um patamar que nos deixa confortáveis e satisfeitos, mas não devemos evitar os desafios financeiros.
Se existir espaço para melhorar ou ter mais, devemos fazê-lo até porque o mercado económico está sempre a mudar e as oportunidades surgem consoante a crise que estejamos a viver.
Lembra-te que as emoções afetam as nossas ações e, por isso, deves conhecê-las, conhecer-te para que não te afetem ou influenciem a tua vida financeira.