O custo de vida aumentou e não tem parado desde que deixamos o verão para trás. Com o início de Setembro, estávamos preparados para dar a volta por cima, mas está a ser complicado para todas as famílias que não estavam à espera de uma pandemia, uma guerra e uma crise económica.
Todos os serviços estão mais caros. A energia, os alimentos, as matérias-primas, o combustível e se pensarmos bem no assunto, os brinquedos, por isso o natal adivinha-se mais pobre.
Como a inflação subiu de forma abrupta, virou tudo do avesso. E não afeta só as famílias, mas também as empresas, as negociações, as pensões, os salários e as taxas dos bancos.
O mercado ressentiu-se devido à COVID-19 e por isso, houve, a necessidade dos governos e bancos da zona europeia, mas principalmente, americana de injetar dinheiro na economia.
Numa fase inicial o dinheiro ajudou a economia a expandir-se, a bolsa subiu. No entanto, quando o poder de compra aumentou e com o regresso à normalidade, as pessoas voltaram aos seus hábitos de consumo pré-pandemia.
O que ninguém estava à espera era de uma guerra. A Ucrânia é o segundo maior produtor de trigo. E o trigo não é só consumido por pessoas, mas também por animais. A Rússia, por outro lado, é o maior fornecedor de gás.
Os governos ajudaram financeiramente as empresas e as pessoas.
No entanto, esta dívida/fatura tem que ser paga. Existiam duas hipóteses: A primeira era pedir às pessoas o dinheiro de volta, a segunda hipótese é fazê-lo através da inflação.
A inflação está a levar a riqueza das pessoas, aumentando o custo de vida.
Como combater a inflação
- Olhar para o nosso orçamento (Ter um orçamento ou plano de gastos é essencial para combater a inflação);
- Redefinir objetivos;
- Ajustar custos;
- Retirar custos que não sejam necessários ter.
4 efeitos da inflação
1. Redução do poder de compra;
2. Um aumento normal das taxas de juro (Os nossos empréstimos ficam mais dispendiosos);
3. Um arrefecimento generalizado em termos económicos (menos consumo, menos lucro, mais despedimento);
4. Problemas políticos (Por exemplo, Primeiro-Ministro italiano demite-se).
Repensar os nossos hábitos: Como sobreviver ao aumento do custo de vida
- Durante tempos de incerteza é preciso cuidarmos muito bem do nosso dinheiro e garantir que o nosso fundo de emergência não fique desfalcado;
- A alimentação como se tornou mais cara é fundamental diminuir as idas ao supermercado;
- Fica mais barato cozinharmos a nossa própria comida, porque fica mais caro ir a restaurantes ou pedir take-away;
- Fazer as compras no mesmo supermercado ajuda porque estamos sempre informados das promoções em vigor e percebemos que produtos aumentaram;
- Estar atento aos aumentos do combustível, ajuda a antecipar um abastecimento mais barato;
- Quando possível, opta pelo teletrabalho. É nas deslocações que gastamos mais dinheiro;
- Caso exista a possibilidade, cria um grupo de boleia;
- Ganha controlo sobre as tuas despesas fixas. Negoceia a luz, o gás e os serviços de televisão e internet;
- Procura oportunidades para aumentar o teu dinheiro.
Esta não é a primeira vez que o país passa por uma inflação e não vai ser a única. Já lá estivemos, estamos novamente e iremos estar, por isso, não podes controlar tudo.
Controla o que consegues. Aprende a gerir bem as tuas finanças pessoais através das várias técnicas que te mostrei e mantém-te focado nos teus objetivos, sempre com os olhos bem abertos e os ouvidos em modo alerta para o inesperado.