Emigrar ou ficar?

As razões para emigrar podem ser muitas, como, por exemplo, sair da tua zona de conforto, experienciar uma nova cultura, conhecer outras pessoas e/ou viver uma aventura.

No entanto, existem, normalmente, três GRANDES razões que nos levam a emigrar. Estas são:

Estás desempregado? Trabalhas, mas não gostas das condições? Estás a recibos verdes? Ganhas o salário mínimo? Tens um salário que não consideras adequado para aquilo que fazes?

São todas razões válidas para procurares melhores condições de vida. A Geração à Rasca, manifestação do dia 12 de março de 2011, que reivindicava melhorias nas condições de trabalho, como o fim da precariedade, e que marcou a década, mantém-se presentemente.

Como podemos ler no site da Fundação José Neves: “Em Portugal, o emprego jovem continua a ser de baixa qualidade e esta tendência é acentuada durante as crises económicas.”

Outros países oferecem excelentes condições e apoio inicial a imigrantes que cumpram determinados requisitos, como, por exemplo, conhecer a língua, ter determinada habilitação e/ou competências e querer residir em determinada zona.

Ao mudar, é normal que se procurem melhores condições para se ter o estilo e a qualidade de vida que não se tem em Portugal.

Como foi referido acima, os jovens ainda dependem muito dos seus pais. É difícil ter habitação própria, seja esta arrendada ou comprada.

Com a precariedade, recorrer a créditos (habitação, automóvel, etc.) torna-se assustador, fazendo com que os jovens atrasem o arranque da sua independência.

Ao contrário de outros países em que, além do rendimento ser mais elevado, encontras mais oportunidades de emprego e uma relação melhor entre os salários e a carga fiscal.

Não se vive só do aumento do salário, mas de carreiras profissionais enriquecedoras.

Uma carreira profissional impactante é conseguir ter várias experiências, passar por vários cargos e responsabilidades, trabalhar em equipa, representar a empresa em eventos e conferências, partilhar conhecimento…

No entanto, em Portugal, as carreiras estão congeladas e não é fácil subir de cargo. É mais fácil optar pelo conforto do que sair à procura de novas oportunidades, pois, ao sair, troca-se um ambiente estagnado por outro.

Existem muitas razões para sair de Portugal. Emigrar ou ficar? Esta é uma dúvida que pode surgir mais facilmente quando vemos os nossos amigos a ter sucesso e uma vida melhor lá fora.

Reveja a seguir 5 razões pelas quais se deverá manter perto da sua família.

A família é a razão número um para não emigrar. Não é preciso ter vergonha em admitir que não passamos sem os nossos pais, irmãos, tios, avós e/ou primos.

Estar longe é perder muita coisa. Especialmente, tempo com quem mais amamos. Quem emigra pode fazê-lo por um período curto, mas ter sempre intenções de regressar.

Porém, os regressos podem ser demorados e difíceis de concretizar.

Quando estrangeiros chegam a Portugal, a primeira impressão que têm é a de que o clima é ameno e os invernos não são muito rigorosos.

Noutros países, dependendo da tua escolha, podes ter de te adaptar ao frio, gelo e vento.

O bom português gosta de apanhar sol, passear, estar na esplanada a beber o seu café e este estilo de vida pode fazer muita falta.

Emigrar significa aprender. Enquanto turista, podes falar a língua inglesa, mas, se fores viver e trabalhar para outro país, tens de falar e escrever nessa língua, seja o Francês, o Alemão…

Talvez, se decidires ir, o melhor será ir para um país onde te sintas confiante de que consegues aprender. Pois, nem sempre é fácil aprender uma língua nova, especialmente, se for muito diferente da nossa.

Emigrar exige que te adaptes a uma cultura e a um modo de viver diferentes do que conheceste até agora. No início, a adaptação pode ser difícil, mas, depois, adotas esses hábitos e costumes.

Estes hábitos e costumes podem ajudar-te a integrar melhor, assim como a começar novas rotinas e passatempos.

Os teus amigos até vão notar a diferença, podendo comentar que “estás diferente”. Mas, para ti, as boas mudanças são sempre bem-vindas.

Não te preocupes se sentires que os teus amigos se estão a afastar, porque já não têm nada em comum. É normal que isso acabe por acontecer. No entanto, vais conhecer outras pessoas, formar novas amizades e encontrar a tua “tribo”.

Afinal, emigrar é mais do que ir embora, é começar do zero.

Podes ter dificuldade em sonhar em Portugal, mas emigrar não é para ti.

Então, ficas, mas tens ideias. Existem programas para as colocar em prática. Vais empenhar-te no sentido de seres tu a dar-te a ti a oportunidade.

Pois, o português é conhecido pela sua perseverança, sentido de propósito e luta.

Vão sempre existir vantagens e desvantagens na emigração e, por isso, vais ter sempre momentos de arrependimento se optares por ir ou ficar.

São muitos os obstáculos que podem impedir-te de ir, como a família ou a idade. No entanto, não te deves prender a estas questões. Não existe uma idade limite para emigrar, pois não precisas de o fazer quando és jovem, podes ir a qualquer altura desde que tenhas um plano.

E a família só quer o teu melhor e que sejas feliz aqui ou lá. Hoje, é fácil saber como é estar do outro lado do mundo. São as partilhas nas redes sociais, os amigos, a informação disponibilizada aos imigrantes e as histórias de sucesso que comparam uma vivência com a outra.

A questão vai sempre permanecer. Emigrar ou ficar? Dizer adeus à família, fazer as malas e deixar tudo o que amamos por uma vida melhor?

As nossas decisões vão ter sempre ter consequências positivas e negativas.